Difícil fotografar o silêncio. Entretanto tentei. Eu conto:
Madrugada a minha aldeia estava morta. Não se ouvia um barulho, ninguém passava entre as casas. Eu estava saindo de uma festa. Eram quase quatro da manhã. La o silêncio pela rua carregando um bêbado. Preparei minha máquina. O silêncio era um carregador? Estava carregando o bêbado.
Fotografei esse carregador. Tive outras visões naquela madrugada. Preparei minha máquina de novo. Tinha um perfume de jasmim no beiral de um sobrado.
Fotografei o perfume. Vi uma lesma pregada na existência mais do que na pedra.
Fotografei a existência dela. Vi ainda um azul-perdão no olho de um mendigo.
Fotografei o perdão. Olhei uma paisagem velha a desabar sobre uma casa.
Fotografei o sobre. Foi difícil fotografar o sobre. Por fim eu enxerguei a Nuvem de calça.
Representou para mim que ela andava na aldeia de braços com Maiakovski? seu criador. Fotografei a Nuvem de calça e o poeta.
Ninguém outro poeta no mundo faria uma roupa mais justa para cobrir sua noiva. A foto saiu legal.
Desse jeito vcs vão longe e eu vou querer estar sempre perto para parabeniza-los. As fotos estão lindas. Obrigada por proporcionar a mim e tantas outras pessoas imagens tão belas.
5 comentários:
Perfeição...mais linda ainda pq foi dedicada a mim :) te amo.
Difícil fotografar o silêncio.
Entretanto tentei. Eu conto:
Madrugada a minha aldeia estava morta.
Não se ouvia um barulho,
ninguém passava entre as casas.
Eu estava saindo de uma festa.
Eram quase quatro da manhã.
La o silêncio pela rua carregando um bêbado.
Preparei minha máquina.
O silêncio era um carregador?
Estava carregando o bêbado.
Fotografei esse carregador.
Tive outras visões naquela madrugada.
Preparei minha máquina de novo.
Tinha um perfume de jasmim no beiral de um sobrado.
Fotografei o perfume.
Vi uma lesma pregada
na existência mais
do que na pedra.
Fotografei a existência dela.
Vi ainda um azul-perdão
no olho de um
mendigo.
Fotografei o perdão.
Olhei uma paisagem velha
a desabar sobre uma casa.
Fotografei o sobre.
Foi difícil fotografar o sobre.
Por fim eu enxerguei a Nuvem de calça.
Representou para mim que ela
andava na aldeia de braços com Maiakovski?
seu criador.
Fotografei a Nuvem de calça e o poeta.
Ninguém outro poeta
no mundo faria uma roupa
mais justa para cobrir sua noiva.
A foto saiu legal.
Manuel de Barros
é isso temos de ter orgulho pelo que fazemos ...parabéns pela sua arte
http://luanaloveyou.blogspot.com/
Desse jeito vcs vão longe e eu vou querer estar sempre perto para parabeniza-los. As fotos estão lindas. Obrigada por proporcionar a mim e tantas outras pessoas imagens tão belas.
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